- #1. Qual é a história?
- #2 Porque é que comprei 5 relógios falsos
- #3. Rolex falso - Vale a pena?
- #4. Experiência 1 - Usar barato, sentir-se barato?
Comprei um relógio Rolex falso.
De propósito.
Mais do que uma vez.
Porquê? Tinha um pensamento que talvez já tenha experimentado - qual é o mal de comprar e usar uma falsificação? É todo o cachet por uma fracção do custo.
No entanto, há uma desvantagem, que descobri assim que vesti a minha.
Tenho dois Rolex falsos. E gostava de poder dizer que fiquei por aqui, mas não - também tenho um Patek Phillippe falso, um Louis Vuitton falso e um Breitling falso. Quer vê-los? Aposto que sim. Continue a ler.
#1. Qual é a história?
Em 2007, quando criei a minha primeira empresa, a A Tailored Suit, fui a Hong Kong, mais concretamente a Kowloon, à procura de alfaiates com quem estabelecer uma parceria.

Estava em Hong Kong, a explorar um bazar local muito giro e, de repente, alguém se aproximou e perguntou, "Ei - estás interessado em artigos de luxo? Estás interessado num Rolex?"
Bem, quem é que não está interessado num Rolex? Então segui este tipo e ele levou-me para uma sala. Não era uma loja... era apenas uma sala. Claramente as coisas estavam a ficar um pouco obscuras.
#2 Porque é que comprei 5 relógios falsos
Olhei à minha volta e apercebi-me de que estava rodeado de Rolexes, malas de marca e todo o tipo de equipamento topo de gama. Foi então que percebi que estes "artigos de luxo" eram falsos e que este vendedor ia tentar enganar-me.

Então, fui-me embora? Não. Regateei. Senti-me muito bem por ter conseguido convencê-lo a baixar de 150 ou 200 dólares para 50, mas acabei por comprar estes relógios. Porquê? Na altura, pensei: "Se vou entrar nesta indústria, tenho de começar a usar um bom relógio. Não tenho dinheiro para um Rolex... por isso, vou fazer isto".
#3. Rolex falso - Vale a pena?
Vou ser sincero - comprar estes relógios foi um erro. Posso contar pelos dedos de uma mão as vezes que usei qualquer um destes relógios. O que usei algumas vezes foi o Patek Philippe Geneve Calatrava - achei que era um relógio com estilo - até ter partido o vidro.

Mas o que se passa é que, sempre que usava aquele relógio, nunca me sentia bem com ele. Preocupava-me sempre com o que aconteceria se alguém o reconhecesse pelo que era. Será que me questionariam? Será que lhes teria mentido?
Felizmente, nunca me vi nessa situação, mas é esse o problema das contrafacções: se usamos algo que não é verdadeiro, nunca estamos confiantes e sentimo-nos mal connosco próprios.
#4. Experiência 1 - Usar barato, sentir-se barato?
Os cientistas fizeram duas experiências para ver se os produtos de marca tinham um efeito diferente nas pessoas do que as imitações genéricas dos mesmos produtos.

Na primeira experiência, fingiram que estavam a avaliar as qualificações profissionais das pessoas, sentaram-nas ao computador e pediram-lhes que escrevessem um currículo.
Metade dos sujeitos recebeu um teclado e um rato Apple autênticos e foi-lhes dito: "Comprámo-los só para esta experiência." A outra metade recebeu um teclado e um rato genéricos e foi-lhe dito: "Lamento, mas o orçamento não dava para o verdadeiro.
As pessoas que utilizam um teclado e um rato genéricos consideram-se merecedoras de um salário inferior ao das pessoas que utilizam um teclado e um rato Apple.